Lomografia e Fotografia. O princípio...


Fotografia, Lomografia, não interessa como se chama... Ou mesmo que nome lhe damos...

Estou hoje aqui para falar essencialmente sobre parar sintomaticamente momentos no tempo numa altura em que a tradicional película química sensível à luz se transformou num sensor digital com o nome chique de CCD ou CMOS.
Podemos mesmo afirmar que a beleza e subtil diferença de um rolo Ilford 100 ISO ou 400 ISO passou agora para "devo comprar 10.2 Megapixeis ou 12.3??"

Mas... Onde é que se encontra a beleza mesmo? Será que é mesmo importante saber qual a sensibilidade do rolo e quais as consequências se errarmos? Será assim tão importante e fulcral a opção pela fotografia de rolo e a era digital? Qual o "f" correcto e a velocidade correspondente? Será importante ter a melhor objectiva do mundo ou muitos Megapixeis?

Não...
A fotografia representa a sensibilidade de quem está por trás da máquina no momento que é captado pela lente. Não interessa o conhecimento da luz, dos rolos, das aberturas nem mesmo do Photoshop. Não interessa a qualidade da lente de f1.8 ou do exagero de Megapixeis que ao contrário do que toda a gente pensa só servem para imprimir fotos num tamanho que só é utilizado em posters. A sensibilidade de quem carrega no botão do obturador é o mais importante e é isso que torna cada foto... Especial. Não interessa que o princípio seja obedecer as regras da lomo e nunca olhar para o que fotografamos. Não interessa tão pouco se usamos uma máquina convencional ou descartável como lomo. Interessa a sensibilidade que temos para olhar e dizer... "Se eu tivesse uma máquina...".

Então o que torna Aquela determinada fotografia tão especial e o acto de fotografar tão único?? Aí está a beleza...

Quando nós fazemos um vídeo... Limitamo-nos a ver... Somos meros espectadores daquela sequência rápida de imagens a criar movimento... Mas quando fazemos fotografia... Estamos a fazer com que aquele momento fique gravado... Quase como perpétuo. E quando o revemos não somos espectadores... Somos sonhadores. É naquele momento que através daquela imagem nos lembramos do bom, do mau, do "a priori" e "a posteriori" da fotografia. Através da fotografia nós revivemos aqueles momentos... E mais que isso... Não os esquecemos, porque quando tiramos a fotografia, a nossa ideia era mesmo essa... Não os esquecer.
Haverá melhor forma de recordar momentos que uma fotografia?
É isso que torna Aquela fotografia tão especial...

E o que torna o acto de fotografar tão único? Tão simplesmente o facto de não termos uma segunda oportunidade... A acontecer a fotografia temos aquele momento, e é aquele que irá ficar gravado! É único o acto de fotografar como é único o momento da fotografia... E aí... Nem o Photoshop pode ajudar se falharmos no timing.

Finalmente... A versatilidade da fotografia... Grava momentos bons, maus, namoradas, amizades, conhecidos, aniversários, festas, acidentes, férias, locais, animais, carros. Desde o tudo ao nada... Qualquer coisa pode ser fotografada... Não interessa o aparelho, até pode ser um pacote de chá transformado numa máquina fotográfica (sim, é possível), o que interessa é que sempre que haja momentos para gravarmos... Vale a pena ter uma máquina fotográfica ao lado.

Por isso nunca se esqueçam da máquina fotográfica... Porque vale mesmo a pena rever fotos e sentir as emoções e paixões que despertam. Podem despertar lágrimas, tristezas ou mágoas... Mas também despertam sorrisos, felicidade e recordações que nos fazem concluir...

"Ninguém disse que ia ser fácil... Só disseram que valia a pena."

PS.: Fiz a contagem... Tenho 18908 fotos...

Comentários

  1. Apesar das lágrimas nos olhos, só gostava de acrescentar duas coisas: o post anterior é muito melhor!! E quem é o rui??

    Click;)

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