Ragnarok: Chronicle I

A história começa com o sorriso nos lábios pintados a vermelho de um belo, esbelto, inteligente e culto camafeu. É ele o portador dos pergaminhos dirigidos à formiga do paraíso e à cigarra do inferno segundos antes do início da batalha épica que se vai travar.
O texto versava as origens de Ragnarok e como estas duas raças haviam ascendido ao ponto em que agora se encontram.

Litnev Atam Ramuf (lider das formigas do paraíso) e Mustafah Doom Scythe (imperador das cigarras do inferno) olham-se directamente nos olhos, com um ódio milenar. Às portas da cidade Lastinskva Kömov o destino das duas raças decide-se.

A formiga de nome Igor von Slam Pint, capitão da Guarda Real está encarregue da ala esquerda do exército. Devido às enormes perdas sofridas nos últimos anos, jovens como este soldado são obrigados a assumir uma posição de liderança numa guerra que se iniciou à muitas gerações. De origens humildes, o nosso capitão versado nas artes mágicas, mago da Ordem do Apocalipse, prepara-se para enfrentar o maior desafio da sua curta carreira.

Os guerreiros estavam prontos e o momento aproximou-se. A posição dos exércitos era distinta, cigarras preparavam-se para saltar e formigas compunham pirâmides cada vez maiores. Um último olhar fixou os olhos dos líderes e foi então que a tensão despoletou um silêncio ensurdecedor. Ouviu-se o respirar e o bater do coração de todos e cada um dos guerreiros e com a pinga de suor da sua face a bater o solo, Igor von Slam Pint soltou o grito de guerra que ditou o início, AVANTE CAMARADAS! O solo começou a tremer e aquando do impacto estrondoso dos dois exércitos o nosso guerreiro mago deu o primeiro golpe numa cigarra, ferindo-lhe o abdómen. Era a sua primeira vítima numa longa e dura batalha.

O sol rodou e encontra-se no seu pico. Ao fim de 5 horas a batalha encontra-se equilibrada e é impossível discernir um possível vencedor. O número de corpos amontoa-se e o fedor emanado pelos guerreiros caídos é insuportável. Ignorando o chão manchado de sangue os dois exércitos continuam a sua luta, tentando ganhar vantagem sobre o oponente. O nosso herói resiste ainda, tentando manter a moral dos seus guerreiros. O desgaste é imenso e a sua capacidade de lançar feitiços é quase nula, os Warlocks adversários fustigam as primeiras fileiras. O capitão começa a duvidar da sua capacidade de os proteger.

No lado oposto da batalha as cigarras da ala norte, comandadas pelo primeiro sargento da infantaria Zuul'Haman, encontram-se flanqueadas pelo adversário.

Os olhares de Litnev e Mustafah iam-se cruzando a par de acompanharem o progresso da batalha e as conclusões chegaram como um raio de trovoada. Eles teriam de se enfrentar. Rei contra Rei. Mano a mano. Nenhum deles poderia viver enquanto o outro sobreviver, era o conteúdo do pergaminho que lhes foi entregue pelo camafeu larilas. Progrediram em direcção um do outro até que um círculo se formou à volta deste novo conflito. Desembainharam espadas e iniciaram o duelo. Não estava fácil, as forças eram equivalentes e a energia dos golpes afastava os demais. Perante cada golpe certeiro a dor era ignorada até que, num rasgo de lucidez, Litnev feriu Mustafah que se encontrava a recuperar de um golpe falhado, ganhando vantagem. Mas o destemido guerreiro do inferno, ao sentir o voo da lâmina do seu oponente e sabendo que será dirigida fatalmente à sua guela, recorre aos poderes negros, sabendo que este golpe será o seu último, esperando apenas que seja fatal. Ambas as lâminas viajam com uma fúria nunca antes vista por olhos que se recordam. Cruzando-se por ínfimos momentos, ambas cumprem a sua missão cabal. Sedentos por sangue, os guerreiros decapitam-se mutuamente...

Com as mortes tudo parou. As dúvidas instalaram-se em todos os guerreiros e um impasse havia surgido. Todos retornaram às suas posições iniciais para definir novos objectivos e nomear novos líderes. A conclusão desta premissa foi a assinatura de um tratado que personificava a paz uma vez que todos se interrogavam qual o propósito da batalha pois mais ninguém conhecia o conteúdo dos pergaminhos fuscia, nem mesmo o larilas de colants lilazes a condizer. Reuniram-se, por isso, para celebrar a assinatura do TUTUDUNA, Tratado Único Transparente Universal Dos Unidos No Armistício.

No momento da celebração, mais propriamente da assinatura, o chão começou a tremer em espaços de tempo constantes como um metrônomo e o sol deixou de brilhar, a escuridão instalou-se e quando os celebrantes olharam o céu, uma bota de tamanho 47 os esborrachou de uma só vez. Era o peso de 97 quilos distribuídos por 1,97 metros de altura de Northern Boozer...

Comentários

  1. Dass... O fumo do mozart dá-vos cabo do cérebro! Ainda bem que eu não estava lá! =P

    Mas está muito bom! ;)

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  2. Não percam o próximo Livro.

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  3. Hepah... lindo!

    ... tou quase a chorar...

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