Pink (Anderson) e Floyd (Council)

Eu sei que sou suspeito ao fazer um post sobre Pink Floyd. Aliás, continua a ser a minha banda preferida pela simplicidade da música que é, fundamentalmente, o que a torna tão harmoniosa. Mas também... Já tanto li sobre os pormenores e delícias dos Pink Floyd que consigo apreciar completamente a música...

Resolvi por isso, partilhar a minha opinião e alguns conhecimentos sobre dois álbuns de estúdio que tenho ouvido constantemente e que são simplesmente geniais. Não falo do “The Wall” nem do “Wish you were here”. Falo dos meus preferidos e faço uma introdução a cada um deles sobre tudo o que rodeia e inspira a sua música… “Animals” e o “The Dark Side Of The Moon”. Duvido que conheçam o que vou escrever por isso tento convencer os leitores a pararem 50 minutos e ouvirem como deve ser cada um deles.

The Dark Side Of The Moon
O Dark Side of The Moon é um dos álbuns mais vendidos da história.
Versa sobre temas como o tempo, dinheiro, guerra, loucura e morte.
A sonoridade do álbum é muito específica mas o ouvinte mais atento consegue notar nos complicados sons e efeitos sonoros que compõe as músicas. Há trechos de pessoas a correr à volta de um microfone, inúmeros relógios a despertar ao mesmo tempo e por incrível que pareça o guitarrista David Gilmour fez, inclusivamente, duetos consigo próprio através da gravação de vozes e guitarras em duas pistas.
Digo-vos igualmente que o Dark Side Of The Moon é ainda usado para testar equipamentos de alta fidelidade, o que só por si revela muito da sua sonoridade.
Outra característica que não passa despercebida são os pequenos diálogos que surgem entre as faixas. Foram entrevistas pelos Pink Floyd a várias pessoas, sobre os temas relacionados no álbum, “giv'em a quick, short, sharp, shock...", "live for today, gone tomorrow, that's me..." e a frase no fim do álbum "there is no dark side of the moon really... matter of fact it is all dark".

Animals
Por outro lado, no Animals já não assistimos à beleza de sons raros e uma sonoridade específica.
O Animals é brilhante em primeiro pela capa. O porco a voar sobre London Battersea Powerplant (que foi basicamente um acidente… Pois o cabo que prendia o porco com hélio soltou-se e assim nasceu a imagem da capa…).
Em segundo temos o brilhantismo do conteúdo do álbum e as analogias que passam despercebidas a alguns…
No álbum, os humanos são equiparados a três animais. Os cães são sinónimo de homens de negócios que se afundam no seu próprio mundo. Os porcos são, nada mais nada menos, os corruptos e moralistas dos políticos. E os que não são nem um nem outro, são carneiros que sem pensamento próprio seguem cegamente um líder.
O álbum é composto por 5 músicas. Nas três centrais são abordados os temas do “Animals”… Repare-se que as faixas 2 a 4 tem respectivamente os nomes, “Dogs”, “Pigs (Three Different Ones)” e “Sheep”. E a rodear estas faixas, ou seja, a 1 e 5, estão duas canções fantásticas “Pigs On The Wing” partes 1 e 2. E a mensagem dessas duas é de amor, no sentido de que enquanto duas pessoas se amarem, protegem-se e estão alheias dos males do mundo referidos nas três músicas do meio…
“And any fool knows a dog needs a home, a shelter from pigs on the wing…”



Eu e a minha paixão por música antiga… Mas não conheço uma banda hoje em dia com tanta mística e com músicas e particularmente álbuns tão uniformes, fiéis à mesma ideia e tão pensados e trabalhados…

Comentários

  1. Diga-se de passagem que o Rui não me deixa ir tirar uma foto a London powerplant... Lol

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  2. Apesar de não morrer de amores pela sua música, admito que não é fácil contra-argumentar, quando alguém diz que Pink Floyd é a sua banda preferida. São sem dúvida uma das bandas mais influentes de sempre. Contudo não concordo quando dizes que gostas deles por causa da "...simplicidade da música..." já que aquilo que faz Pink Floyd ser uma banda fantástica, é o simples facto de ter uma música com "textura" (não arranjei expressão melhor). São músicas loucas, mas trabalhadas. Não são 3 mongas, com uma bateria, guitarra e baixo, com algum feedback do amplificador por trás. Basta ver os concertos, cover arts, filmes/vídeos, etc, para saber que a música destes tipos não é "simples".

    PS: dou-te um desconto, porque ainda estavas a dormir...
    PSS: sendo o terceiro post seguido que comento, apeteceu-me desancar, hehehe

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  3. Já agora, enquanto alguém massacrava as panelas, eu ouvia Pink Floyd...looooool

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  4. geez oh tempo que já não mando 'paleios' assim, acho que ando com os miolos moidos de mais.. por isso, rui posso partilhar da tua opinião um bocadinho?...

    mas só um bocadinho já que me considero pessoa não muito informada no campo.

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