Gentoo

Já que estamos numa de sistemas operativos...
Este post era para ser originalmente um comentário ao post do pedro sobre o Snow Leopard, mas dado à sua extensão decidi converte-lo nesta m*... coisa.
----

No outro dia instalei o Gentoo. Uma distribuição de Linux diferente de todas as outras que me tinha alguma vez aventurado. Jurei para nunca mais! É um sistema para... "ainda mais geeks que os geeks", "super geeks que não saem da cave há 3 anos e só vêm linhas de código C compiladas a correr pelo ecrã, ora verde e preto, ora preto e branco".

Não deixa de ser um sistema fantástico, mas para ser usado como um SO normal de desktop, são precisas 8 horas de paciência e dedicação, tal como Cartman teve quando de dedicou a matar porquinhos no World Of Warcraft.

Quem usou Linux alguma vez (ubuntu por exemplo) sabe que basta meter o CD no 'porta-copos' que, quase por magia, temos um sistema operativo a funcionar através dum CD com opção de instalação. Pois bem meus caros, Gentoo vai mais além!!!

Ao contrário de termos um sistema a funcionar completamente no CD e pronto a instalar, esta maravilha de distribuição, mostra-nos um ecrã preto (linha de comandos), muito ao jeito de "quem quiser que compre outro PC para se poder ligar à net para seguir os '748' passos que estão no manual on-line". Inicio então a história que vou intitular de:

Gentoo:
Para quando não há World Of Warcraft e temos saudades daquelas quests gigantes
  1. Não sabendo o que fazer após aquilo ter arrancado decidi ir dar uma vista de olhos ao manual. Mal abro o link e me deparo com tamanho número de páginas, um sorriso irrompe-se na minha face, ao mesmo tempo que sopra um pensamento: "Isto vai dar mais pica que chegar a 80 com um Night Elf Warrior".

  2. Segui o manual à risca! Linhas e linhas de comandos eram passadas para o terminal desta besta informática. Páginas eram lidas, analisadas, interpretadas e transpostas para a realidade do meu ambiente. Partições feitas via linha de comandos, sistema descarregado da internet (sim.. o que vem no CD, pelos vistos não serve)...

  3. "Compilar a Kernel?" foi a pergunta que fiz quando procurava o próximo passo a dar. Foi aí que fiquei a perceber o quão geek é necessário ser para se usar este sistema (ou não). O objectivo desta distribuição é ser tão eficiente quanto possível na máquina em que está a ser instalado. Tecnicamente um sistema Gentoo instalado, nunca deverá ser igual a outro, instalado noutra máquina com configuração diferente.
    O objectivo é: pegar num bisturi, abrir o Linux a meio sem qualquer anestesista por perto e retirar os órgãos que não vão servir para nada. Ou seja: "...para que preciso dum sistema operativo que suporta milhões de placas de hardware diferentes, se o meu PC é este e só tem 'isto'?". Tém lógica e torna o sistema eficiente...

  4. Após 20 minutos a compilar a kernel, para aquilo que achava necessário ter, segundo o manual estava na hora de configurar o sistema de arranque. E após várias tentativas falhadas, consegui ter um Gentoo a funcionar (segundo o manual).

  5. Dei por mim a arrancar um sistema exactamente igual ao CD de instalação. Sem ambiente gráfico, Linux puro e duro! Apenas linha de comandos!!!! OBAA!
    Outra coisa muito gira do Gentoo que não sabia, é que neste sistema não há pacotes de instalação! Quando se pede para instalar um programa, o sistema descarrega o código fonte (basicamente um algoritmo em formato de ficheiro de texto), que posteriormente compila e ficamos com um programa adaptado exclusivamente à realidade do PC em questão.

  6. Após ter pedido ao Gentoo para me instalar um sistema gráfico para trabalhar (Gnome), este estafermo, foi-me buscar 146 programas (nem mais nem menos) e compilou-os 1 a 1. Operação essa que consistiu num arraial de linhas de código a passar pelo ecrã, a velocidade imperceptível ao olho humano, durante 3 horas!!!

  7. Após uma sessão de 3 horas de êxtase, arranquei para o sistema gráfico acabadinho de ser compilado, apenas para me deparar com problemas e conflitos com os controladores da placa gráfica......

  8. Peguei numa memória USB, gravei o para lá o CD do Fedora e em 15 minutos tinha um sistema Linux a funcionar perfeitamente (com uma distribuição diferente - c*guei no Gentoo)!
Conclusão: Nem todas as Quests ou Dungeons valem a pena.

PS: Desculpem lá a seca.

Comentários

  1. LLLLOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLL

    Muito bom! Grande quest!!! Hehe... Admito que só tu conseguias ter inclusivamente o sistema operativo a funcionar! Qualquer um de nós já tinha desistido antes de ver a primeira linha de código!

    Grande paciência! Mas ao menos terminaste a quest.

    ResponderEliminar
  2. Foi mesmo esse o espírito com que me meti na quest. Se bem que, acho que é mais uma 'dungeon', pelo o ambiente obscuro... tipo, dás um passo em falso, ou esqueces-te de alguma coisa e tas f*dido
    lol
    mas foi engraçado.

    Já posso dizer k instalei o Gentoo! O próximo será o Slackware. Mas agora não, tenho de trabalhar :P

    ResponderEliminar
  3. Linhas de comandos??? Eu abandonava logo a quest e ia andar a porrada com outros...

    Gostei da parte em que instalas apenas o que queres, mas depois o gajo instalou-te 146 programas, hehe.

    ResponderEliminar
  4. lol
    Tem lógica.. porque akilo k eu quis instalar, para correr com a configuração k fiz, necessitava de mais 145 pacotes...

    Se os tivesse que descobrir um a um era pior :P

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares